Filosofia Black Bloc

25 setembro, 2020


 
 

Em junho de 2013, data da maior erupção social das últimas décadas, o movimento Black Bloc ganhou os holofotes como nova prática de luta e manifestação. Analistas à direita e à esquerda foram forçados a tentar compreender o movimento, normalmente municiando um repertório conceitual incompatível com os significados do Black Bloc, sem entendê-lo em seus próprios termos. Procurando suprir essa carência surge o "Filosofia Black Bloc", que concebe e mobiliza um arcabouço teórico que permita abordar o movimento Black Bloc como fenômeno: produzir, no pensamento, uma filosofia Black Bloc. Não cessamos de ler Junho sob o ponto de vista de Brasília, dos palácios de governo, dos partidos recusados pelas multidões, da surpresa e da inércia dos poderes constituídos, da decadência da representação formal, das classes cerradas para o social. Pensar Junho nesses termos torna-se então “capturar e destruir” sua potência específica. Não é por acaso que boa parte das interpretações de intelectuais se parece tanto com os discursos da grande imprensa que vimos circular. 

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