Registro da intervenção feita em 03.06.2022 no Seminário IAlgo+, vinculado à Eco-Pós UFRJ e ao PPGCI IBICT/UFRJ,a convite do Prof. Dr. Giuseppe Cocco (UFRJ).
Essa intervenção procura localizar tendências subteorizadas na tese do capitalismo de vigilância, revisitando Heidegger, Horkheimer e Wiener. Tenta mostra que a difusão das técnicas computacionais instancia-se em um duplo processo extrativo: dos corpos como territórios mineráveis, e da terra como corpo sujeito a um regime fabril. Mas o que se passa quando os meios interceptam esse devir?
Tentamos deslocar o ângulo de visão do capitalismo de vigilância, e sua clausura para com as lutas, propondo reinterpretar os algoritmos como objetos técnicos em sentido simondiano. Para isso, lemos em conjunto as teses de Gilbert Simondon (1924-1989) sobre a individuação e sobre o modo de existência dos objetos técnicos.
É do seu prolongamento que, numa provocação a Heidegger, propomos as lutas algorítmicas, já não como questões, mas como problemas constitutivos à técnica, ao mesmo tempo em que reconceitualizamos a informação como intensidade num prolongamento do debate em Simondon e Wiener.